Daniela Borali, Bob Falcão e Companhia ॐ

Meu intuito é mostrar o amor infinito que tenho pelos meus 14 gatos, 5 cachorros... E principalmente o quanto sonho com um mundo onde não exista mais nenhum animal abandonado!
IMPORTANTE: Meus animais não estão para adoção! Na verdade eles estão aqui comigo divulgando endereços, dicas e informações para que seus irmãos possam ter um destino feliz como o deles!!!

Que vocês consigam encontrar o verdadeiro amor através destes pequenos grandes deuses... É incognoscível!!!
(Daniela Borali)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Doenças

Aqui você encontrará as principais doenças que acometem os "Animais Domésticos"

Lembre-se: Somente o veterinário está apto a diagnosticar e indicar o tratamento adequado

Alergias

A alergia é uma doença que pode ter origem genética (filhotes de animais alérgicos têm grande probabilidade de desenvolvê-la) ou pode ser causada pela reação anormal do organismo a algumas substâncias ingeridas, inaladas ou colocadas em contato com o animal. São muito frequentes em animais, por isso é muito importante que sejam identificados os causadores desse mal, que podem ser alimentos, bolores, pó e, até mesmo, pulgas. As alergias a pulgas são as mais comuns no Brasil, principalmente em meses mais quentes.

Um sinal de que o animal esteja com alergia é o fato de sentir grande desconforto devido à coceira, o que faz com que passe a lamber ou morder os locais afetados, o que pode aumentar a gravidade dos ferimentos e contaminar outras partes do corpo.

Há locais mais comuns para o aparecimento da doença como as patas, orelhas, boca, no entorno dos olhos, na face e nas regiões próximas à base do rabo.

Um diagnóstico preciso da alergia somente é possível através do histórico do animal, exames e testes alérgicos (que determinarão a qual substância o animal é sensível).

Desde que não se trate de alergia de origem genética, a melhor forma de prevenir a doença é evitar o contato do animal com os agentes causadores, sejam insetos, substâncias ou alimentos.

Para o tratamento da alergia, os medicamentos mais utilizados são aqueles à base de corticóides que por diminuírem a inflamação, devolvem o bem estar ao animal aliviando sensivelmente a coceira. Porém, tais medicamentos somente devem ser utilizados por prazos curtos, pois a sua utilização, por períodos médios ou prolongados, traz graves efeitos colaterais.

Assim, em casos mais graves e frequentes da alergia recomenda-se, sempre sob a supervisão de um profissional, a utilização de outros métodos como, por exemplo, a imunoterapia, que é a produção de vacina específica elaborada com o propósito específico de combater um determinado tipo da doença.

Babesiose

A Babesiose é uma doença parasitária, não transmissível ao homem. Seu agente transmissor é o carrapato Rhipicephalus sanguineus, que parasita e destrói as células sanguíneas do animal causando anemia podendo, inclusive, levá-lo à morte.

O carrapato se contamina pela Babésia ao se alimentar do sangue de um animal já contaminado e, ao picar um animal sadio, dá continuidade ao ciclo de contaminação.

Uma vez contaminado, o anima apresenta como sintomas a perda de apetite, febre, desânimo, fezes acompanhadas de sangue, palidez nas mucosas conjuntiva e bucal, além de sangramentos no nariz, boca e ponta das orelhas.

Em alguns casos, filhotes com 8 a 12 semanas de vida podem estar imunes à doença graças aos anticorpos herdados da mãe. Geralmente, os animais mais suscetíveis aos efeitos da doença são aqueles que estejam debilitados (não totalmente saudáveis) ou estressados.

Na fase crônica da doença, a destruição das células sanguíneas é menor do que nos casos agudos, o que causa o aumento do baço e o surgimento de icterícia (amarelão).

Os sintomas acima descritos podem levar semanas ou meses para que se tornem evidentes. O tempo para que esses sintomas se manifestem varia de acordo com as condições de saúde do animal, a raça, a idade, o número de carrapatos encontrados no animal. Tudo somado a uma série de fatores e condições do ambiente onde vive o animal.

Quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maior será a eficácia do tratamento e menor o risco de mortalidade. Para isso, são realizados exames clínicos, hemogramas para detectar o parasita e um histórico de infestação de carrapatos no animal.

O tratamento da Babesiose abrange dois aspectos: o combate ao carrapato causador da doença (com a utilização de produtos para limpeza, desinfecção e manutenção da limpeza do ambiente para que fique livre dos carrapatos e o uso de produtos veterinários como sprays, xampus e coleiras anti-carrapatos) e a neutralização dos efeitos e prejuízos causados pela doença (com o auxílio de medicamentos, incluindo corticóides, sempre a critério do veterinário responsável).

Todas os meios de prevenção são úteis pois, mesmo depois de curado da doença, caso o animal seja novamente atacado por um carrapato contaminado, nada impede que seja outra vez infectado pela doença.

Berne

A Berne é causada pela larva da berneira; uma mosca denominada Dematobia hominis.

A doença é considerada um tipo de miíase (proliferação de larvas de mosca em tecidos vivos) onde a larva da mosca se desenvolve no local onde foi depositada, não atingindo regiões vizinhas (como ocorre no caso das bicheiras).

As moscas responsáveis pela Berne podem ser hematófagas ( que sugam sangue) ou lambedouras (as que, via de regra, depositam suas larvas nos animais domésticos).

Homens e animais, sobretudo os cães e bovinos, podem ser vítimas. Não é a mosca Dematobia hominis quem ‘ataca’ as vítimas, e sim um outro tipo de inseto, chamado de condutor ou veiculador, que tem os ovos da mosca depositados em seu abdome. No instante em que o inseto condutor pousa sobre o pelo do animal as larvas saem dos ovos e se dirigem até a pele, perfurando-a e se desenvolvendo em seu interior.

Com o passar do tempo, a larva vai se desenvolvendo e o local perfurado continua aberto para que possa respirar. O movimento das larvas no interior da perfuração causa extrema dor e incômodo no animal.

Portanto, é importante que seja qual for o número de bernes presentes no animal, elas sejam retiradas ‘espremendo-se’ o local até que o pus seja eliminado por completo. Entretanto, o processo de retirada da berne deve ser realizado somente por um veterinário, e não por qualquer pessoa para que não sejam criados outros tipos de problemas ao animal pois, além de muito doloroso, caso a larva não seja total e devidamente retirada e ainda estiver viva, haverá risco de que surjam abcessos ou infecções.

O tratamento pode ser feito à base de sprays específicos ou com medicamentos orais mas, a exemplo do que ocorre com a maioria das doenças, o melhor remédio é a prevenção controlando-se o aparecimento de moscas e mantendo o ambiente do animal sempre limpo.

Bicho Geográfico

A doença, também conhecida como Larva Migrans, acomete o homem e é causada por um parasita intestinal de cães e gatos que não tenham sido vermifugados corretamente.

Os ovos são eliminados pelas fezes dos animais e tornam-se larvas que penetram na pele do homem, geralmente pelos pés e nádegas, pois os lugares onde as infestações são mais comuns são a areia e a terra, onde os animais defecam com maior frequência.

Existem dois tipos da doença. A Larva Migrans cutânea, que causa a irritação da pele formando um desenho semelhante à figura de um mapa na pele (daí o nome “Bicho Geográfico”) e a Larva Migrans visceral, que traz consequências ainda mais graves por penetrar no organismo humano, podendo se instalar no fígado ou até mesmo nos olhos.

Nos seres humanos, os sintomas são percebidos quando há a presença de um desenho em forma de mapa e de coceira intensa no local afetado. O tratamento nem sempre é necessário, a não ser nos casos considerados de maior gravidade.

Cães e gatos podem ser contaminados pelo parasita de várias formas como pela ingestão de insetos ou roedores, pela penetração da larva na pele (da mesma forma como acontece com os humanos), etc.

Por isso, a responsabilidade dos proprietários dos animais é o melhor método preventivo da doença e, para isso, não são necessários esforços, apenas a vermifugação (no mínimo anual) e o recolhimento das fezes e de todo e qualquer tipo de sujeira do animal, tanto em casa quanto em lugares públicos o que, com certeza, impedirá a proliferação do parasita e evitará que outros animais e humanos sejam contaminados.

Cardiacas

As doenças cardíacas são cada vez mais frequentes em cães e gatos. Tanto é assim que um em cada dez animais são vítimas destas doenças, sobretudo aqueles considerados idosos (a parir do 8º ano de vida). Os filhotes também podem sofrer de doenças cardíacas, mas congênitas.

Ao contrário do que pode ocorrer com o homem, os animais não são vítimas de infarto do miocardio, mas de micro-infartos decorrentes da degeneração do músculo cardíaco. Assim sendo, animais não morrem de infarto.

Cães e gatos não sofrem dos mesmos tipos de doenças cardíacas. Nos cães, as mais comuns são aquelas causadas pela degeneração das válvulas do coração (principalmente nos de pequeno porte e nos idosos), conhecida como fibrose da válvula mitral e a cardiomiopatia dilatada, que corresponde a uma falha na contração e na dilatação das câmaras do coração. Já nos gatos, a doença cardíaca mais comumente encontrada é a cardiomiopatia hipertrófica, que é causada pelo engrossamento das paredes do coração.

Existem, ainda, as parasitoses cardíacas, como a Dirofilariose, mais frequente em cães do que em gatos e que acomete, principalmente, animais que vivem no litoral ou próximo dele. Isso porque a Dirofilariose é causada pela microfilária, que é a larva de um mosquito infectado pela doença, depositado no animal por meio de uma picada e que se aloja na cavidade do coração causando o aumento do ventrículo direito, o que pode resultar em uma parada cardíaca ou em embolia. Embora possa ser fatal, se a Dirofilariose for detectada a tempo, pode ser tratada.

Os sintomas mais frequentes em animais cardiopatas podem ser percebidos, sobretudo nos animais idosos, caso haja emagrecimento, dificuldades para respirar, sono maior que o habitual, tosse, fadiga, aumento abdominal, alteração da coloração da língua, rejeição a atividades físicas, etc. Os gatos podem, ainda, apresentar paralisia dos membros.

Por isso é imprescindível que ao menor sinal desses sintomas, principalmente nos cães e gatos com idade avançada, seja feita uma visita ao veterinário a fim de que, com a ajuda do histórico do animal e através de exames clínicos e laboratoriais seja possível o diagnostico. Quanto antes for diagnosticadas as doenças cardíacas, maior é a probabilidade de sucesso no tratamento que poderá ser realizado à base de medicamentos específicos para cada uma das variações de doenças cardíacas, inclusive com a utilização de diuréticos e vasodilatadores. Tudo, sempre, a critério do médico veterinário responsável pelo acompanhamento do animal.

Existem alguns cuidados perfeitamente possíveis, a título de prevenção, como uma alimentação adequada e balanceada (o que auxilia no aumento da qualidade e da expectativa de vida do animal) e visitas regulares ao veterinário para que este certifique-se de que não há nenhuma anormalidade na saúde do animal e que, consequentemente, seja possível a prevenção de outros tipos de problemas.

Castração

A castração de animais, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é uma forma de mutilação. Não existe, ainda, melhor método anticoncepcional que a castração uma vez que ela representa um benefício à saúde do animal e uma importante aliada no combate ao crescimento populacional de cães e gatos.

Existem muito mitos sobre a castração. Procuraremos demonstrar que este procedimento é, na verdade, um ato de amor, pois aumenta a expectativa de vida do animal além de proporcionar uma melhor qualidade de vida.

A castração é uma cirurgia rápida, feita com auxílio de anestesia e medicamentos anti-inflamatórios sendo que o melhor período para a sua realização é aquele entre os 6 e 8 primeiros meses de vida do animal. Entretanto, não há prejuízo algum se ela for realizada em animais adultos.

Na fêmea, a castração é chamada de OSH (Ovário-Salpingo-Histerectomia) e consiste na retirada do útero e dos dois ovários. Se castrada antes do 1º cio, a fêmea) tem reduzida a quase a zero a possibilidade de desenvolver tumores de mama (que são os mais comuns em cadelas idosas). Além disso, fica livre de tumores de ovários e de útero além da piometra, tipo de infecção uterina que pode se manifestar em cadelas de qualquer idade.

Além de prevenir o câncer, a castração elimina todos os sintomas do cio como o sangramento, a gravidez psicológica, o inchaço da vulva e o incômodo por ser, no período do cio, ‘perseguida’ por machos. Além de todos esses benefícios, a castração evita que a cadela desenvolva diabetes e, também, a obesidade (que pode ocorrer pelo tipo de alimentação do animal e de sua atividade física, independentemente da cirurgia).

Na castração do macho (Orqiectomia Total) são retirados apenas os dois testículos, e não a bolsa testicular.

Assim como acontece com as fêmeas, traz vários benefícios ao animal como a diminuição do risco da incidência de tumores testiculares bem como do câncer de próstata, hérnias perineais, hipertrofia prostática (que é causa freqüente de infecções urinárias e muito comum em cães idosos) e a melhora no comportamento do animal, que não terá mais a necessidade de demarcar território.

É importante salientar que o animal castrado não perde sua personalidade, apenas torna-se mais sociável por não estar mais sujeitos às alterações dos hormônios sexuais.

Não são apenas físicos os benefícios da castração. Ela ainda é o melhor instrumento para quem se preocupa com a vida dos animais, pois contribui para que seja evitado o aumento de animais de rua, o que acarreta um número infinito de filhotes abandonados que passam a viver sem as mínimas condições.

Cinomose

É uma doença que acomete apenas os canídeos (cães, raposas, lobos, etc.), causada por um vírus, e altamente contagiosa. Não é transmitida a seres humanos, mas pode acometer cães adultos ou filhotes e gera um alto índice de mortalidade.

Cinomose pode ser detectada caso o cão apresente febre, diminuição de apetite, corrimento nasal, ocular, diarréia, vômitos, estado de letargia, conjuntivite, convulsões, paralisias e tremores.

Os sintomas variam de acordo com o local afetado pela doença (sistema nervoso, digestivo, cutâneo, respiratório ou locomotor), sendo que a doença é mais perigosa quando o vírus ataca o sistema nervoso do animal uma vez que, nesse caso, as lesões causadas são irreversíveis.

Em casos de Cinomose nervosa, o cão apresenta espasmos e convulsões seguidos de paralisia, causando a morte. Caso o animal sobreviva, apresentará paralisias faciais, enfraquecendo a musculatura.

Quando o vírus ataca o sistema respiratório, age diretamente sobre as vias nasais, brônquios e pulmões, enquanto que quando o sistema afetado é o intestinal o alvo do vírus é o aparelho digestivo.

A vacinação é o único meio de se evitar a doença. Assim sendo, caso o cão já esteja contaminado a vacina não surtirá efeito algum.

O esquema de vacinação para o combate à Cinomose deve ser feito entre os 42 e os 60 primeiros dias de vida, com o reforço de mais três doses posteriores.

A prevenção é fator determinante, portanto, a recomendação é que os cães recebam 4 doses da vacina no primeiro ano de vida e um reforço anual.

Cio

O Cio é a época em que a fêmea, por estar ovulando e pronta para a reprodução, aceita o macho para que possam acasalar. Isso normalmente ocorre a cada seis meses com as cadelas e várias vezes ao ano no caso das gatas.

Nas gatas, que podem apresentar um cio por mês, o cio pode ter duração de 6 a 10 dias dependendo da raça e do organismo de cada animal.Diferentemente do que ocorre com as cadelas, a ovulação da gata acontece todas as vezes em que há o cruzamento com o macho, o que faz com que as gatas procriem muito mais que as cadelas. É importante que se saiba, ainda, que a prenhez das gatas dura entre 62 e 65 dias.

Nas cadelas, a idade do primeiro cio pode variar entre o 6º e o 14º primeiros meses de vida, dependendo das condições do animal, condições climáticas, condições hormonais e, inclusive, do porte.

Até os 9 meses de idade, o acasalamento é desaconselhável pois a cadela ainda não se desenvolveu por completo, o que causaria danos à sua saúde e de eventuais filhotes. O período recomendado para o acasalamento é do 18º mês de vida em diante, ou seja, a partir do 3º cio.

Normalmente, o tempo de duração de cada cio é 15 e 20 dias podendo, também, variar de animal para animal. O período fértil (ocasião onde a cadela aceita o macho e não mais apresenta sangramento) ocorre nos 4 últimos dia do cio (mais ou menos no 11º dia), que é o período onde a cadela encontra-se pronta para acasalar.

Uma vez fecundada, o período de gestação da cadela é considerado curto por durar mais ou menos 60 dias.

No início do cio a cadela pode apresentar algumas modificações de comportamento como mostrar-se mais agitada, urinar com mais frequência, tornar-se mais dócil, etc.

Em alguns casos, a cadela pode não apresentar sangramento durante o cio; é o chamado cio seco, onde o único sinal de que a cadela está no cio é o aumento se sua vulva. O cio seco não indica que o animal esteja doente, mas pode ser tratado com o auxílio de hormônios a critério do veterinário.

Há casos onde cadelas com mais de 1 ano de idade ainda não tenham apresentado cio, o que ocorre pela ausência da secreção ovariana. Se isso ocorre, não há motivos para grandes preocupações pois não há doença alguma; somente haverá a necessidade de tratamento para que a situação seja revertida e a cadela passe a apresentar cio caso o proprietário deseje que a cadela procrie.

O cio das cadelas, na maioria das vezes, deixa de acontecer por volta dos 13 ou14 anos de idade mas, como em outras situações, isso pode variar de acordo com vários fatores.

A cadela pode ser considerada boa reprodutora até seus 8 anos de vida, aproximadamente; período em que a prenhez não representa riscos à sua saúde.

Controle de Carrapatos

Carrapatos, além de causarem grande incômodo ao animal, devido à coceira que provocam, podem trazer consequências muito graves uma vez que, além de causar anemia (pois carrapatos se alimentam de sangue), podem transmitir doenças como Erlichiose e Bebesiose.

Não é necessária uma grande quantidade de carrapatos para que estas doenças sejam transmitidas; basta que um ou dois carrapatos contaminados pelos protozoários causadores dessas doenças infestem o animal para que este esteja seriamente suscetível a elas. Por isso, é de grande importância o controle constante de carrapatos (que não são um problema exclusivo do animal, e sim de todo o ambiente).

Carrapatos são muito resistentes em qualquer etapa de sua vida, o que torna o combate a eles uma tarefa difícil, pois podem colocar seus ovos nos mais diversos locais como paredes, pisos, plantas, etc. além de sobreviver por vários meses sem que sejam percebidos. Assim, não apenas o animal deve ser tratado para que se evite o aparecimento de carrapatos, mas todo o ambiente em que vive.

Para o combate efetivo aos carrapatos são recomendados banhos carrapaticidas (exceto em filhotes, fêmeas gestantes e gatos), repetidos a cada 15 dias quando há grande infestação; tosas em animais de pelo longo no verão (pois o calor e a umidade, próprios dessa época, colaboram para o aparecimento de carrapatos), assim como o uso de produtos carrapaticidas de longa duração recomendados por um veterinário.

No ambiente, devem ser aplicados carrapaticidas nas casinhas, em canis e plantas sem que sejam deixados de lado paredes, pisos, ralos e qualquer tipo de frestas por onde os carrapatos podem invadir o ambiente.

É de vital importância que haja o constante controle de carrapatos para que se evite maiores problemas. Assim, ao menor sinal de febre, apatia, falta de apetite ou mucosas pálidas em animais que possuam carrapatos é importante o acompanhamento de um veterinário para que, através de exame de sangue, sejam diagnosticadas Babesiose ou Erlichiose doenças que, se detectadas a tempo, são perfeitamente tratáveis.

Coronavirose

Transmitida pelo vírus corona, a Coronavirose pode atacar cães de várias idades infectando, geralmente, o intestino do animal e raramente se espalha. Por esse motivo, a doença pode ser considerada menos perigosa que a Parvorvirose, mas também pode levar o animal à morte. O contágio ocorre pelo contato com fezes de animais por ela infectados.

Os sintomas mais comuns são a perda de apetite, febre, diarréia (na forma de jato), vômito e letargia, mas há casos em que os sintomas não se manifestam.

O diagnóstico só é possível por exames laboratoriais, uma vez que seus sintomas são similares aos de outras viroses.

Diabetes

Menos comum em animais que em humanos e com maior incidência nas fêmeas, o Diabetes geralmente acomete animais já considerados idosos, ou seja, a partir dos 8 anos de idade.

Dentre as causas desencadeadoras da doença estão predisposições genéticas, pancreatite, algum tipo de debilidade do organismo e a obesidade (que é um dos fatores de resistência à insulina).

Os sintomas do Diabetes são semelhantes em todas as espécies de animais, porém nem todos os animais apresentam os mesmos sintomas. Via de regra, os sinais clínicos são emagrecimento, ingestão de maior quantidade de água, além de o animal passar a urinar mais e com maior frequência que o habitual. Entretanto, em vez de emagrecerem, alguns animais apresentam aumento de apetite ou podem, até mesmo, apresentar sinais de catarata (que não é um sintoma característico do Diabetes).

Uma vez diagnosticada a doença, inclusive através de exames, da mesma forma como ocorre com os humanos, o tratamento é baseado, sobretudo, na insulina que deverá ser utilizada, em animais diabéticos, ao longo de toda a vida sendo que a intensidade, quantidade e a forma pela qual o tratamento deverá ser realizado são decididas e supervisionadas pelo veterinário.

É importante que se saiba que quanto antes a doença for diagnosticada e devidamente tratada, a expectativa e a qualidade de vida dos animais diabéticos podem ser idênticas às dos animais sadios.

Embora não seja considerada uma doença grave, podendo ser facilmente controlada, o Diabetes pode ser facilmente prevenido bastando para isso alguns cuidados como garantir que o animal seja alimentado de forma balanceada (com rações), evitar que sejam alimentados com comidas caseiras, que são muito gordurosas, evitar doces, etc. Enfim, alimentar animais somente com alimentos próprios para animais.

As atitudes citadas acima são importantes pois, além de evitar que o animal torne-se diabético evitam, ainda, que venham a se tornar obesos. Nesse sentido, é recomendável que os animais pratiquem algum tipo de atividade física (sempre de acordo com o limite de cada um) além dos cuidados quanto à alimentação.

Dirofilariose (Verme do coração)

Doença causada por um verme chamado dirofilária que se desenvolve dentro do coração dos cães, podendo atingir até 35 cm de comprimento.

A dirofilária causa obstrução à passagem do sangue por habitar o coração e vasos sanguineos. Com isso, o coração terá que trabalhar mais e com mais força, ocorrendo enfraquecimento do músculo cardíaco que irá dilatar-se. Consequentemente observa-se cansaço, tosse, dificuldade respiratória, perda de peso, desânimo e em fase adiantada da doença o abdomen se apresenta maior.

O cão é infectado pela picada de um mosquito infectado que infecta-se ao picar um cão que apresenta a doença e pode conviver com o verme durante anos sem apresentar sinal evidente. Porém, quando esses sintomas aparecem, a doença já está em estado avançado.

Existem tratamentos para a dirafilariose, como exames específicos que detectam a presença de larvas jovens da microfilária na corrente sanguínea. Se existem larvas jovens, isso indica a presença do verme adulto; é nesse estágio que o tratamento é iniciado. Mesmo eliminando o verme, os danos causados ao coração podem ser irreversíveis.

A melhor maneira de evitar a doença é através de um esquema preventivo de tratamento. Existem drogas que matam as pequenas larvas que são transmitidas para o cão através da picada do mosquito, impedindo que a doença se desenvolva.

Animais que habitam ou frequentam o litoral devem receber o tratamento preventivo desde filhotes.

Somente o veterinário está apto a decidir sobre a necessidade de se fazer a prevenção contra a dirofilariose.

Displasia Coxofemoral

Possível em todas as raças, sobretudo naquelas de grande porte e que se desenvolvam rapidamente, a Displasia Coxofemoral é a má formação da articulação que se localiza entre o fêmur e a bacia do cão. Por ser uma doença hereditária, é influenciada por problemas genéticos e pode afetar machos e fêmeas com igual frequência.

Muito embora seja hereditária, não pode ser considerada congênita pois, para que se desenvolva o desequilíbrio entre o desenvolvimento esquelético e a massa muscular do animal, não basta que o cão nasça com a doença. É necessária a colaboração de alguns fatores externos como alimentação, exercícios físicos, ambiente onde o animal vive, etc.

Os sintomas se tornam evidentes, sobretudo, entre os 4 primeiros meses e 1 ano de vida do animal e podem ser notados quando o cão apresenta algumas diferenças em seu comportamento habitual (devido às dores), dificuldades de locomoção (principalmente em pisos lisos e escorregadios), para se levantar, correr, subir escadas, frear rapidamente, etc. Além disso, pode apresentar um andar cambaleante, passar a arrastar as unhas traseiras no chão, arquear o dorso ao menor sinal de dor e apoiar todo seu peso nas patas dianteiras (o que causa a atrofia das patas traseiras). Há casos onde o cão é displásico, mas não apresenta nenhum sintoma clínico.

O tratamento da doença pode ser feito por via medicamentosa ou cirúrgica. Quando o tratamento é baseado em medicamentos, são utilizados antiinflamatórios, analgésicos e até mesmo esteróides (capazes de amenizar a dor do animal, possibilitando uma melhor movimentação), sempre sob a supervisão do veterinário. Grandes aliados do tratamento são o repouso, a diminuição das atividades físicas costumeiras, etc.

No tratamento cirúrgico, para os casos considerados de maior gravidade, pode ser implantada, dentre outras possibilidades, uma prótese total da articulação prejudicada ou, em casos extremos, a amputação da cabeça do fêmur.

Por ser uma doença praticamente irreversível, quanto mais cedo for diagnosticada, maiores serão as chances de que o animal doente desenvolva uma qualidade de vida satisfatória. Este diagnóstico é feito através de exames clínicos e de raio-x que auxiliarão o veterinário na escolha da melhor forma de condução do tratamento.

Como é hereditária, caso a fêmea tenha a doença, é muito provável que seus filhotes também terão. Assim, algumas atitudes podem ser tomadas a fim de prevenir, como evitar que o filhote permaneça em pisos lisos e escorregadios, dando-se preferência a pisos ásperos (tanto para mãe quanto para filhotes), exercitar moderadamente os filhotes já a partir do 3º mês de vida, evitar a superalimentação para que o cão não se torne obeso e não utilizar nenhuma forma de suplementação alimentar sem o conhecimento do veterinário.

Mesmo que o cão não apresente nenhum sintoma, sobretudo aqueles de grande porte, é recomendável que sejam feitos os exames específicos para que, caso seja confirmada a displasia, o tratamento seja iniciado o mais rapidamente possível a fim de se evitar que os filhotes desenvolvam a doença ou, caso já sejam portadores, possam ter boa qualidade de vida.

É importante, ainda, que ao adquirir filhotes de cães das raças mais suscetíveis à doença, como Rotweiller, Doque Alemão, Pastor Alemão, Labrador, Mastim Napolitano, etc., que seja exigida a apresentação do laudo de displasia dos pais.

Envenenamento

O envenenamento é o responsável pela maioria das mortes de cães e gatos superando, inclusive, o número de mortes causadas por atropelamentos.

Há os envenenamentos acidentais e os envenenamentos intencionais.

Nos primeiros casos, o animal é envenenado, muitas vezes, dentro de casa por algum descuido do proprietário. Isso ocorre quando o animal tem contato ou ingere produtos utilizados na limpeza da casa como desinfetantes, detergentes, inseticidas, venenos para matar baratas e ratos ou algum tipo de medicamento.

Todos esses produtos, apesar de muitas vezes serem considerados inofensivos, devem ser mantidos longe do alcance de crianças e também dos animais domésticos.

Ainda nos casos dos envenenamentos acidentais, o animal pode ser intoxicado pelo cheiro forte de alguns produtos de limpeza por isso, recomenda-se que esses produtos sejam diluídos água para que não causem nenhum tipo de transtorno à saúde do animal.

No que diz respeito aos envenenamentos intencionais, as maiores e mais comuns vítimas são, geralmente, os animais abandonados e também aqueles considerados ‘livres’ (ou seja, aqueles que têm casa e dono, mas que têm fácil acesso a outros lugares e alimentos). Este tipo de intoxicação pode ser causado por pessoas que desejam se livrar dos animais, sejam eles abandonados ou não, simplesmente pelo fato de sentirem-se incomodadas.

O conhecido Chumbinho que, apesar de ser ilegal e ter sua venda proibida é a arma mais utilizada para o envenenamento de cães e gatos pois é facilmente encontrado nos mais diversos locais, inclusive sendo vendido como ‘veneno para ratos’. Geralmente, a Estricnina, nome científico do Chumbinho é misturada a pedaços de carne ou outros alimentos para que o animal não o rejeite.

Animais envenenados pelo Chumbinho apresentam alguns sinais clínicos que servem de alerta para que o animal seja imediatamente levado ao veterinário para que sejam tomadas todas as providências na tentativa de desintoxicação. Esses sintomas podem ser os seguintes: diminuição dos batimentos cardíacos, salivação excessiva, dificuldades para respirar, diarréia, vômitos, tosse, secreções nasais, edema pulmonar, o animal urina constantemente, perda da coordenação motora, etc.

Estatísticas mostram que apenas 1/3 dos animais intoxicados pelo veneno sobrevivem. Portanto, é importante que logo após o socorro do animal, caso o dono saiba quem é o responsável pelo envenenamento seja feito um Boletim de Ocorrência na delegacia mais próxima a fim de que o responsável seja devidamente punido, pois tal ato é crime e fere as leis de proteção animal.

Epilepsia

A epilepsia pode ser de origem genética ou adquirida. Causada por uma descarga elétrica no cérebro , faz com que o animal fique momentaneamente sem movimentos voluntários e coordenação. Tanto nos humanos quanto nos animais, é uma doença não transmissível ao homem nem a outros animais.

A epilepsia de origem genética aparece geralmente antes do animal completar 6 meses de idade.

A epilepsia adquirida geralmente ocorre como sequela de cinomose, quadros de intoxicação grave ou em traumatismos cranianos (acidentes, pancadas).

Os ataques (convulsões) ocorrem em graus variados, podendo ser leves ou com sinais evidentes. Em ataques leves, o cão apenas saliva com movimentos desordenados da cabeça e falta de coordenação motora. Já em ataques mais evidentes, além dos sintomas descritos, o animal faz movimentos como o de pedalar.

O tempo de duração pode ser de segundos a alguns minutos, isolados ou de causa desconhecida. Cada ataque irá originar um outro mais violento e por tempo mais prolongado. Isso ocorre devido às lesões em áreas cerebrais.

O cão epilético deverá ser retirado da reprodução para que não haja perpetuação da doença e embora em alguns casos seja necessário tomar medicação por toda a vida, pode ter uma vida muito próxima do normal. Alguns anticonvulsivantes podem causar sonolência, o que não deve interferir em suas atividades normais.

Erlichiose

Conhecida popularmente como “doença do carrapato”, a Erlichiose é uma doença transmitida por carrapatos do gênero Rhipicephalus sanguineus, muito comum em cães (seus hospedeiros principais) e rara em gatos.

Nos cães, o carrapato transmissor da doença é o Erlichia canis. A transmissão se dá quando o carrapato ataca um cão já contaminado pela Erlichia se contaminando e, posteriormente, ao atacar um cão sadio, faz com que a doença penetre em sua corrente sanguínea, causando anemia pela destruição das células vermelhas.

Os sintomas apresentados por um animal infectado dependem da reação do organismo à infecção. A Erlichiose pode se desenvolver em 3 fases.

Na 1ª, chamada fase aguda (onde o animal doente pode transmitir a doença e ainda é possível que se encontre carrapatos), os sintomas como febre, falta de apetite, perda de peso e uma certa tristeza podem surgir entre uma e três semanas após a infecção. É possível, também, que o animal apresente sangramento nasal, urinário, vômitos, manchas avermelhadas na pele e dificuldades respiratórias. Nessa fase, nem sempre o dono percebe os sintomas e, conseqüentemente, que o animal está doente.

Na fase subclínica, que pode durar de 6 a 10 semanas (sendo que alguns animais podem nela permanecer por um período maior), o cão é, aparentemente, saudável sem que apresente nenhum sintoma clínico, apenas alterações nos exames de sangue. Somente em alguns casos o cão pode apresentar sintomas como inchaço nas patas, perda de apetite, mucosas pálidas, sangramentos, cegueira, etc.

Na 3ª fase, chamada de fase crônica, os sintomas são percebidos mais facilmente como perda de peso, abdômen sensível e dolorido, aumento do baço, do fígado e dos linfonodos, depressão, pequenas hemorragias, edemas nos membros e maior facilidade em adquirir outras infecções.

Quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maiores são as chances de sucesso no tratamento. O diagnóstico pode ser feito através de exame de sangue completo ou por exames específicos, como imunofluorescência direta, etc.

A Erlichiose é tratável em qualquer fase. O tratamento é feito à base de medicamentos, sobretudo os aintibióticos sendo que, às vezes, o tratamento deve ser complementado com aplicações de soro ou transfusões de sangue.

A melhor forma de prevenir que o animal não contraia a doença é a eliminação dos carrapatos encontrados no cão (inclusive dos cães que vivem dentro de casa), o controle deles no ambiente (que deve ser constantemente desinfetados) onde o animal vive, assim como o uso de produtos veterinários preventivos, como coleiras, sabonetes carrapaticidas uma vez que não há vacina contra a doença.

Giardíase Canina

A Giardíase é considerada uma zoonose (doença transmitida ao homem pelos animais). É uma infecção causada por protozoários que acometem principalmente a porção superior do intestino delgado.

A transmissão da doença entre os animais ocorre através da rota fecal-oral. O hospedeiro se infecta ingerindo os cistos que se rompem no intestino após a exposição ao ácido gástrico e às enzimas pancreáticas. Uma vez instalado no ambiente, a forma infectante do parasita (cisto) é muito resistente, podendo sobreviver por longos períodos, principalmente em ambientes frios e úmidos.

Em humanos a transmissão ocorre através da ingestão de cistos dos parasitas presentes na água e nos alimentos contaminados ou pelo contato com as fezes de animais ou humanos contaminados.

Os sinais mais evidentes são: fezes moles e com odor fétido, podendo algumas vezes serem acompanhadas de dor abdominal intermitente e aguda, associada à desidratação; vômitos, cansaço, falta de apetite, perda de peso, anemia, fraqueza.

O controle e a prevenção da doença devem ser baseados nas seguintes opções:
vacinação dos cães
tratamento de indivíduos infectados, com sintomas ou não
educação sanitária e adoção de hábitos de higiene: qualidade da água, lavar as mãos e alimentos antes das refeições.

Hepatite Viral Canina

Doença que atinge única e exclusivamente os cães, a Hepatite Viral Canina é transmitida por um vírus que atinge principalmente os rins e o fígado do animal.

Com frequência muito menor que outras viroses como a parvovirose, a hepatite viral não apresenta risco de mortalidade alto.

Seu período de incubação varia de 2 a 5 dias e seus sintomas mais comuns são febre, diarréia, vômitos amarelos-esverdeados, falta de apetite e, em alguns casos, alteração na cor dos olhos (que se tornam azuis devido a um edema de córnea) perfeitamente reversível.

O tratamento se dá para a fortificação do organismo do animal a fim de que a doença não progrida e, consequentemente, não cause maiores consequências.

Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença não contagiosa causada por parasitas ( protozoário Leishmania) que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte do sistema imunológico (macrófagos) da pessoa infectada.

Esta doença pode se manifestar de duas formas: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar.

A leishmaniose tegumentar ou cutânea é caracterizada por lesões na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta (esta forma é conhecida como “ferida brava”). A visceral ou calazar, é uma doença sistêmica, pois afeta vários órgãos, sendo que os mais acometidos são o fígado, baço e medula óssea. Sua evolução é longa podendo, em alguns casos, até ultrapassar o período de um ano.

Sua transmissão se dá através de pequenos mosquitos que se alimentam de sangue, e, que, dependendo da localidade, recebem nomes diferentes, tais como: mosquito palha, tatuquira, asa branca, cangalinha, asa dura, palhinha ou birigui. Por serem muito pequenos, estes mosquitos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas. São mais comumente encontrados em locais úmidos, escuros e com muitas plantas.

Além do cuidado com o mosquito, através do uso de repelentes em áreas muito próximas a mata, dentro da mata, etc, é importante também saber que este parasita pode estar presente também em alguns animais silvestres e, inclusive, em cachorros de estimação.

Os sintomas variam de acordo com o tipo da leishmaniose. No caso da tegumentar, surge uma pequena elevação avermelhada na pele que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode estar recoberta por crosta ou secreção purulenta. Há também a possibilidade de sua manifestação se dar através de lesões inflamatórias no nariz ou na boca. Na visceral, ocorre febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e mucosas, perda de peso, inchaço abdominal devido ao aumento do fígado e do baço.

A melhor forma de se prevenir contra esta doença é evitar residir ou permanecer em áreas muito próximas à mata, evitar banhos em rio próximo a mata, sempre utilizar repelentes quando estiver em matas, etc.

Esta doença deve ser tratada através de medicamentos e receber acompanhamento médico, pois, se não for adequadamente tratada, pode levar a óbito.

Leptospirose

A Leptospirose (ou popularmente, ‘doença do xixi do rato’) é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria chamada Leptospira interrogans, transmitida pela urina de ratos por ela contaminados.

Geralmente, os animais contraem a doença após contato com algum roedor contaminado pela bactéria. Entretanto, podem ocorrer surtos de Leptospirose em épocas de enchentes, quando a bactéria penetra no organismo através de pequenos ferimentos ou pelas mucosas (boca, olhos ou nariz) o que causa insuficiência renal e hepática.

Podendo atingir animais de qualquer raça, idade ou sexo, a doença causa maiores prejuízos aos cães que aos gatos, pois os primeiros são mais sensíveis a ela. A bactéria atinge os rins e o fígado do animal, o que altera a função hepática.

Uma vez contaminado pela doença, o animal passa a apresentar vômitos, perda de apetite, batimento, febre, dores abdominais e urina de cor amarronzada (um sintoma bastante característico da doença).

Se a doença for diagnosticada a tempo (até, no máximo, o 7º dia da infecção) e com o devido tratamento, as chances de cura do animal são grandes sendo, para isso, utilizados antibióticos. Os animais vacinados também podem contrair a doença, mas em sua modalidade mais suave. Por isso, para que se evite a doença e aumente a possibilidade de cura do animal, é importante que a vacinação seja feita anualmente. Nas regiões onde são freqüentes os surtos de Leptospirose, recomenda-se que o animal seja vacinado duas vezes por ano.

Como a prevenção é o melhor remédio contra a doença, além da vacinação do animal, é importante que os ratos sejam combatidos, que se evite água parada, extremo cuidado em épocas de enchentes, assim como evitar o acúmulo de lixo em casa, o que atrai roedores potencialmente contaminados.

As mesmas precauções tomadas quanto aos animais devem ser tomadas para benefício do proprietário, inclusive no sentido de não entrar em contato direto com a urina e com o sangue do animal contaminado para que não seja, também, vítima da doença.

Os casos de cães infectados pela Leptospirose devem ser imediatamente comunicados às autoridades sanitárias para que sejam tomadas as providências cabíveis por tratar-se de caso de saúde pública.

Micoses

Micoses são doenças causadas por fungos que podem viver no solo, na pele dos animais ou nas plantas e que se instalam na pele ou nos pelos. Todos os animais podem estar sujeito às micoses, sobretudo aqueles que apresentam baixa resistência.

A micose mais freqüente em cães e gatos (também conhecida como ‘Tinha’) é causada pelo fungo Microsporum que é transmitido pelo contato direto ou pelo fato de o animal compartilhar objetos com outro animal já contaminado. Esse tipo de micose pode ser transmissível a outros animais e ao homem.

Existem, ainda, outros tipos menos freqüentes de fungos causadores de micoses: o Trichophyton mentagrophytes que é transmitido através de ratos e o Microporum gypseuum, que contamina o animal ao farejar o solo.

Os sintomas da micose nem sempre existem, apesar de o animal estar contaminado. Entretanto, há sinais da doença quando o cão apresenta perda de pelos com lesões, geralmente arredondadas, cobertas por uma crosta, pele avermelhada ou mesmo algumas lesões avermelhadas no focinho.

Micoses de pele, na maioria dos casos, não causa coceira no animal. O animal se coça por ser alérgico ao fungo causador, o que faz com que, além de se coçar, passe a morder o local afetado.

A doença pode ser diagnosticada visivelmente (quando as lesões são facilmente perceptíveis) ou através de exames realizados pelo veterinário.

Sempre com a supervisão do veterinário, o tratamento das micoses é relativamente simples e os pelos voltam a nascer entre 15 e 20 dias. Nos casos de apenas uma lesão isolada, o tratamento é baseado em cremes e pomadas aplicados no local da lesão. Nos casos em que o animal apresente mais de um local lesionado, quando o uso dos cremes e pomadas prescritos não for suficiente são utilizados antimicóticos ministrados por via oral. Em casos extremos, onde o animal é frequentemente vítima da doença, vacinas específicas são utilizadas com sucesso.

Miíase

Para quem não sabe o que é miíase, vou dar seu sinônimo para facilitar, “bicheira”.

Miíase ou bicheira é a proliferação de larvas de moscas em tecidos vivos.

Patologia causada quando a “mosca varejeira ou mosca verde” pousa sobre um ferimento de um animal depositando dezenas de ovos que irão eclodir, transformando-se em inúmeras larvas que se alimentarão de tecido vivo (miíase cutânea) e, que se não forem exterminadas com rapidez, logo, logo, irão cavar verdadeiras galerias sob a pele causando lesões e um incômodo muito grande ao animal, (isto em qualquer animal).

As lesões, quando não tratadas, vão tão profundamente que chegam a atravessar a musculatura do animal, atingindo órgãos vizinhos transformando-se em miíase cavitária. Imagine o que não sente um animal neste estado?

As larvas das moscas também podem se proliferar em tecidos não lesados, quando a pele do animal apresenta dermatites exsudativas ( produzem líquidos) mantendo o local úmido.

Também se proliferam em animais que vivem em locais anti-higiênicos, cujos pêlos estejam sempre molhados por urina ou fezes.

Uma das maneiras de se evitar que o animal venha a ter miíase é mantê-lo sempre em locais higiênicos e ter seus ferimentos (caso os tenha), por menor que sejam, tratados e protegidos de moscas.

No caso de gatos, é muito importante castrar, não só a fêmea como também e, principalmente, os machos, pois na luta pelas fêmeas e /ou marcação de territórios, os felinos adquirem ferimentos, por vezes, imperceptíveis, mas que com muita facilidade chegam a miíase.

Se você perceber que seu animal anda lambendo muito uma área determinada do corpo, cuidado! Pode ser o primeiro sinal, esteja alerta e vá observar, pois a miíase é fácil de detectar, cheira mal além de deixar um pequeno orifício na pele.

Daí, o melhor a fazer, é procurar imediatamente um veterinário para que seu animalzinho não acabe como os gatinhos e cãezinhos abandonados.

É muito fácil encontrar animais com miíase, basta dar uma pequena volta pelos grandes centros urbanos, onde a maioria dos animais abandonados, mortos de fome, acabam brigando por qualquer alimento que apareça, ocasionando ferimentos que, não tratados, facilitam o surgimento das bicheiras.

Obesidade

Como no homem, a obesidade tornou-se muito frequente também em animais domésticos. Isso pode ocorrer por diversos motivos como, por exemplo, o sedentarismo, a falta de exercícios físicos, stress, herança genética e, principalmente, devido à má alimentação e à ingestão de alimentos hiper-calóricos.

O animal pode ser considerado obeso quando seu peso é 20% superior ao peso considerado ideal, dependendo do porte, raça, etc.

A Obesidade, além de poder desencadear o diabetes tem outras consequências tão ou mais graves e prejudiciais como problemas respiratórios, cardíacos, dermatológicos, digestivos, osteoartrite e, até mesmo, trazer dificuldades na hora do parto e reduzir a fertilidade do animal.

Somente um veterinário, através de alguns exames, poderá determinar se o animal está obeso ou não e qual a melhor forma de condução do tratamento para a redução do peso e manutenção da saúde o que, geralmente, ocorre com o controle da alimentação e com a utilização de rações lights.

De qualquer forma, tanto o tratamento quanto a prevenção da doença são possíveis com alguns cuidados simples como alimentação balanceada e em quantidade adequada e proporcional ao porte do animal (sempre à base de rações), evitar que o animal se alimente com comidas caseiras, etc., incentivá-lo à prática de exercícios físicos e não medicar o animal sem o conhecimento do veterinário, pois alguns medicamentos podem aumentar o apetite do animal o que, em vez de resolver, aumentaria ainda mais o problema.

No combate à obesidade, a maior arma é a consciência do proprietário ao não alimentá-lo de forma inadequada pois, ao contrário do que muitas pessoas pensam, um animal gordinho não é, necessariamente, um animal saudável. Assim, dar-lhes guloseimas não pode ser considerado um ato de carinho, e sim um risco à saúde.

Oncologia - Noções gerais sobre Tumores

Os tumores podem ser benignos ou malignos e podem afetar vários órgãos do corpo . É importante que o proprietário do animal observe qualquer alteração, que podem ser externas e bem evidentes, bom exemplo disso são os tumores mamários e tumores de pele; ou internos e mais difíceis de serem observados, como neoplasias em fígado, baço e outros órgãos internos.

Tumores de pele são bastante freqüentes, principalmente em cães de pelagem clara e focinho marrom quando expostos a longos períodos no sol. O aparecimento de alguma lesão “estranha” no pelame deve ser comunicado ao veterinário, pois alguns tumores podem ser malignos e devem ser retirados rapidamente.

Em clínicas de pequenos animais, a ocorrência de tumores nas glândulas mamárias é bastante comum. Se surgirem tumores malignos, pode ocorrer metástase (ramificação para outras partes do organismo), por exemplo nos pulmões, causando sérios danos ao paciente. Existem tratamentos a base de quimioterapia, o que debilita um pouco o animal quando submetido às sessões.

Apenas o veterinário poderá diagnosticar a presença da doença através da história clínica, exames clínicos, realização de exames laboratoriais, raio x, ultrasonografia, biópsia, etc. Mesmo em casos de detecção de tumores malignos, o animal poderá ter vida normal se for diagnosticado em tempo.

Otite

Muito comum em cães e gatos, a otite é uma inflamação, causada por fungos no cônduto auditivo que acomete, na maioria das vezes, animais que tenham orelhas pendulares (caídas), com excesso de pelos ou com predisposição à seborréia. Pode ser causada, também, por fatores externos como umidade e calor.

A melhor forma de prevenir a otite é a limpeza do canal auditivo externo e das orelhas do animal, bem como o devido cuidado e tratamento caso o animal manifeste infecção da garganta, pois a infecção pode atingir, também, o ouvido.

A frequência da limpeza das orelhas dos cães varia de acordo com a raça, sendo muito importante que o proprietário seja cauteloso ao limpar as orelhas limitando-se, apenas, a remover a cera do cônduto auditivo externo para que não haja o risco de lesionar o tímpano do animal (localizado na parte mais profunda do cônduto auditivo).

O principal sinal de que o cão está com otite pode ser percebido quando o animal coça incessantemente, com as patas, a região da cabeça ou quando sacode a cabeça com freqüência. O sintoma será ainda mais facilmente percebido caso exista uma secreção purulenta, assim como vermelhidão e edema no canal auditivo (o que indica que já há a infecção) causando odor desagradável. Se a inflamação ocorrer em apenas uma das orelhas, o animal manterá a cabeça inclinada para o lado da orelha que estiver infeccionada.

Nos casos mais simples da doença, a simples limpeza dos ouvidos, quando a otite é externa, é suficiente para que o animal seja curado. Porém, se a infecção tiver atingido o ouvido médio ou o interno, o tratamento deverá ser orientado pelo veterinário.

Parainfluenza

Esta virose, também conhecida como “Tosse dos Canis” (por ocorrer mais frequentemente em locais onde há grande concentração de animais, como canis) recebe o nome de Parainfluenza por ser transmitida pelo vírus Parainfluenza canino a animais de qualquer idade.

Altamente contagiosa, tem maior incidência no inverno (devido às baixas temperaturas) e é similar à gripe. O vírus ataca o sistema respiratório dos cães causando tosse seca sem catarro, febre, falta de apetite, secreções no nariz e nos olhos, rinite e apatia. A contaminação ocorre pelo contato direto com animais infectados.

Há várias complicações graves que podem decorrer dessa virose como pneumonia, que pode ser fatal em casos de filhotes.

O diagnóstico da doença pode ser feito por meio de exames clínicos e/ou laboratoriais.

O tratamento, além de incluir o uso de antibióticos e outros medicamentos, deve contar com alimentação balanceada, controle da temperatura do ambiente (que deve estar sempre quente) e cuidado ao lidar com o animal. Se todos os procedimentos para o tratamento forem feitos de forma correta, o cão estará livre da doença em duas ou três semanas.

Importante, ainda, é a prevenção contra a Parainfluenza, que é feita por meio da vacinação. Além da vacina múltipla (V8 - que previne contra hepatite, cinomose, parvovirose, leptospirose, parainfluenza, coronavirus), o cão deve receber a vacina anti-rábica e uma dose da vacina que combate a “Tosse dos Canis” a partir do 2º mês de vida, com reforço anual. Esta última é líquida e inserida nas narinas do animal e o protegerá contra a parainfluenza, o adenovirus tipo 2 e a Bordetella (que podem agir em conjunto para a transmissão da doença).

Parvovirose

Mais comum nos cães domésticos, a Parvovirose é a mais conhecida e mais perigosa virose que ataca, principalmente, os filhotes devido à baixa resistência. É somente transmissível aos animais, e representa uma das maiores causas de morte de filhotes.

Causada pelo parvovírus, a Parvovirose surge de forma inesperada e violenta causando febre, vômitos, diarréia hemorágica, diminuição dos glóbulos brancos, desidratação, emagrecimentos e sintomas cardíacos (sobretudo em filhotes) que, se não tratada a tempo, pode levar o animal à morte em 24 ou, no máximo, 48 horas.

O diagnóstico, assim como no caso da Coronavirose, só é possível através de exames laboratoriais uma vez que algumas intoxicações e viroses podem ser confundidas com a Parvovirose.

Para que o tratamento seja eficaz, é necessário que os sintomas sejam combatidos com antibióticos e, em alguns casos, transfusão de sangue, sendo que para isso, na maioria dos casos, o animal precisa de internação. Uma vez curado, o animal não apresenta sequelas, mas estará imunizado temporariamente, precisando de cuidados preventivos constantes.

Apesar de tratar-se de uma doença de extrema gravidade, para que os animais não corram risco de contraí-la, basta uma simples medida: a vacinação anual.

Piometra (PIO = pus METRA = útero)

Infecção uterina que acomete cadelas e gatas a partir dos 5 anos de idade, podendo ocorrer em fêmeas mais jovens.

A frequência da doença é maior em cadelas que nunca tiveram cria, mas pode ocorrer em fêmeas com mais de uma cria, assim, acasalar uma fêmea na intenção de prevenir a infecção uterina certamente não é um método 100 % eficaz.

Os sinais aparecem normalmente um mês depois do último cio. Um corrimento vaginal abundante, espesso, de odor desagradável e com coloração variável de avermelhado, pardo ou acastanhado podem indicar sinal da doença, acompanhado de perda de apetite, elevação da temperatura, aumento da ingestão de água e consequentemente maior produção de urina . Em alguns casos, denominados piometra fechada, o corrimento não é aparente, dificultando assim o diagnóstico.

O útero com piometra fica repleto de secreção, aumenta de tamanho e o organismo absorve o conteúdo purulento (pus), levando a fêmea a uma intoxicação pelas toxinas bacterianas.

O diagnóstico é feito pelos sinais clínicos, hemograma, exame laboratorial e ultrasonografia. Quando detectada a tempo, a doença tem tratamento cirúrgico que consiste na remoção do útero associada a uma terapia com antibióticos. Após a cirurgia, a recuperação é rápida, pois o foco de infecção já foi erradicado. O melhor método preventivo é a castração de cadelas e gatas logo após o primeiro cio.

O diagnóstico e a cirurgia só podem ser feitos pelo veterinário.

Raiva

Raiva é uma doença altamente contagiosa, incurável e, consequentemente, fatal.

Causada pelo vírus Rhabdoviridae, pode ser transmitida por vários animais como cavalos, morcegos, etc. mas as maiores fontes de transmissão da doença aos homens são os animais domésticos. A transmissão se dá pelo contato com a saliva (mordida ou lambedura) de animais que já estejam contaminados.

Para que os humanos sejam contaminados, não há a necessidade de que sejam mordidos ou lambidos por animais raivosos. Para isso, basta que algum tipo de ferida já existente entre em contato com a saliva do animal doente.

Os animais contaminados pela doença apresentam alguns sintomas característicos como salivação além do normal, alterações de comportamento, paralisia dos músculos faciais, aversão à claridade, etc.

O tratamento da doença deve ser realizado enquanto o doente (homem ou animal) ainda não apresentar os sintomas, pois assim que os sintomas se manifestam não existem mais chances de cura.

Assim, sempre que houver contato (tanto de humanos quanto de animais) com um animal sabidamente raivoso, desconhecido ou que não tenha sido devidamente vacinado contra a doença, é preciso que o animal ‘agressor’ permaneça em observação durante dez dias. Durante esse período, caso o animal não apresente nenhum dos sintomas da Raiva, a vítima (homem ou animal) não precisará recorrer a nenhum tipo de tratamento e o animal com a suspeita da doença (‘agressor’) poderá ser liberado.

Caso contrário, ou seja, caso o animal ‘agressor’ venha a morrer ou não tenha sido capturado e colocado em observação após o contato, é importante que a vítima procure atendimento o mais rapidamente possível para que a doença possa ser diagnosticada e, se confirmada, neutralizada, inclusive com o auxílio de vacinas específicas, sempre sob a orientação de um médico (para pacientes humanos) ou de um veterinário (caso a vítima seja outro animal).

Por trata-se de uma doença fatal onde o tratamento de cães raivosos é absolutamente ineficaz, a melhor maneira de evitar a doença é a vacinação dos animais, que deve ser feita a partir do 3º mês de vida com reforços anuais, tanto da vacina anti-rábica quanto da vacina múltipla, sempre sob a supervisão de um veterinário.

A vacinação é o único meio de prevenção da Raiva pois, caso um animal sadio que não tenha sido vacinado entre em contato ou seja atacado por um animal doente, a doença progredirá rapidamente e poderá matar o animal em até dez dias.

Sarnas

Existem dois tipos sarnas que atacam animais: a chamada sarna negra (ou demodécica) e a escabiose. Ambas podem ser transmitidas a outros animais e, eventualmente, ao homem.

A sarna negra é transmitida exclusivamente da mãe contaminada para os filhotes em suas primeiras horas de vida e, geralmente, traz consequências mais graves que a escabiose. Esta sarna pode ser controlada, mas não totalmente curada. Portanto, é importante que fêmeas que têm ou, quando filhotes, tiveram sarna negra não procriem para que a doença não se multiplique.

A escabiose, que afeta principalmente animais com poucas condições de higiene, é uma doença parasitária de pele, bastante contagiosa e que causa coceira. Pode ser transmitida aos animais ou ao homem pelo contato com o parasita transmissor (ácaro).

Nos cães, a chamada escabiose canina é transmitida pelo ácaro Sarcoptes scabiei que cava ‘túneis’ nas camadas mais profundas da pele, sendo que as lesões se iniciam na cabeça abdômen, patas e bordas das orelhas podendo se estender por todo o corpo do animal. Uma vez instalada, a escabiose causa coceira, queda de pelos, descamações, crostas no local dos ferimentos e perda de peso devida ao estresse.

Nos gatos, o responsável pela transmissão da escabiose felina é o ácaro Notroedis cati. Tão contagiosa quanto a escabiose canina, manifesta-se, principalmente, na cabeça, pescoço e orelhas podendo se espalhar para outras partes do corpo uma vez que gatos têm o hábito de dormir ‘enrolados’. Seus sintomas são os mesmos apresentados pelos cães.

O diagnóstico da escabiose pode ser feito por exames de raspagem de pele. Contudo, dependendo do histórico da vida do animal e dos sinais clínicos que venha a apresentar (como lesões características da doença), diagnóstico pode ser visual. Nem sempre os sintomas apresentados pelo animal são específicos de escabiose, podendo ser confundidos com outras dermatoses, o que torna imprescindível o acompanhamento de um veterinário.

Há vários tipos de tratamento para a Escabiose, como banhos sarnicidas ou, dependendo da gravidade da doença, o auxílio de medicamentos a critério do veterinário. Não existem vacinas contra a escabiose!

Sarna Otodécica (De Ouvido)

Na sarna de ouvido é comum a presença de grande quantidade de cera, de cor castanho escuro, quase preta, onde a coceira é um sinal característico.

O cerúmen em excesso é causado por uma reação do conduto auditivo em decorrência da presença de inúmeros ácaros (sarna). O animal coça muito as orelhas, geme e pode chacoalhar a cabeça insistentemente. Esse tipo de sarna fica restrito ao conduto auditivo, não aparecendo lesões no resto do corpo, e não é transmissível ao homem.

O excesso de cera nos ouvidos e o traumatismo causado pelo ato de coçar violentamente com as patas, fazem com que o cão ou gato desenvolvam inflamação nos ouvidos (otite), causando dor e desconforto.

O tratamento consiste em aplicar medicamentos parasiticidas no conduto do animal por um período de tempo prolongado, a critério do veterinário. O ácaro embora não cause lesões fora dessa região, pode estar presente também na pelagem, por isso, banhos parasiticidas são recomendados como desinfecção do ambiente.

Após a cura, o animal pode se infestar novamente se estiver em contato com outros animais ou ambiente contaminados. Ouvido sadio não apresenta cerúmen (cera) , odor desagradável ou coceira.

Torção Gástrica

Situação que representa grande risco à vida dos cães, e mais freqüente em animais de porte grande (entre 2 e 10 anos de idade) e com ‘peito profundo’ como São Bernardo, Dogue Alemão, Pastor Alemão, etc., a Torção Gástrica é a rotação do estômago sobre ele mesmo devido à sua distensão ou dilatação.

Esta dilatação do estômago pode ser causada por vários motivos como, por exemplo, a aerofagia (que ocorre quando, por comer muito rapidamente, o cão ingere ar juntamente com o alimento), a ingestão de alimentos secos, a prática de exercícios físicos antes ou logo após as refeições, a ingestão excessiva de água ou alimentos ou, até mesmo, devido a algum fator genético.

Por trata-se de uma situação de emergência, se os sintomas não forem percebidos rapidamente e o cão não for encaminhado ao veterinário com a mesma rapidez, a torção gástrica pode levar o animal ao estado de choque e até matá-lo em apenas 3 horas. Isso de deve ao fato de que a doença se manifesta pelo acúmulo de gazes no estômago do animal que, não conseguindo expulsa-los, tem o volume do estômago aumentado, o que pode resultar na necrose desse órgão pelo estrangulamento da parede estomacal.

Os sintomas mais frequentes são: dificuldades para respirar, salivação excessiva, grande presença de gazes, pulso fraco, ânsia de vômito sem que o cão consiga vomitar, palidez das mucosas (olhos e boca), inquietação, aumento dos batimentos cardíacos e até mesmo a perda de consciência.

Uma vez percebidos os sinais, o proprietário não deve tentar ‘salvar’ o animal sozinho, e sim leva-lo o mais rapidamente possível ao veterinário para que sejam prestados os primeiro socorros e, logo após estabilizada a situação, seja dado início ao tratamento mais adequado ao caso.

Também no caso da torção gástrica, a prevenção é o melhor remédio. Assim sendo, deve-se evitar alimentar o cão com grandes quantidades de ração de uma única vez, não permitir que o animal faça exercícios físicos de forma brusca depois das refeições e também em dias de calor intenso e, ainda, evitar a ingestão excessiva de água tanto após os exercícios quanto as refeições.

Toxoplasmose

Popularmente conhecida como “Doença do Gato”, a Toxoplasmose não é transmitida apenas pelos gatos, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa. Causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, a doença acomete vários animais e também o homem.

Sua transmissão pode ocorrer de três maneiras:

1) pela infecção transplacentária (quando a mulher contrai a doença durante a gravidez e a transmite ao feto);

2) pela ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes de gatos infectados;

3) pela ingestão e carnes cruas ou mal cozidas (sobretudo as de porco) que contenham as larvas do protozoário.

A maior forma de contaminação da doença, como dito acima, não se dá através dos gatos, e sim pela ingestão de alimentos ou água contaminados ou de carnes cruas ou mal cozidas.

Da mesma forma que ocorre com o homem, o gato pode se portador da Toxoplasmose desde o seu nascimento sem jamais apresentar nenhum sintoma. Ele, gato, somente transmitirá a doença caso esteja contaminado e não esteja em sua saúde perfeita quando, por meio de suas fezes eliminará os ovos do protozoário que, no período entre 1 e 5 dias, poderão infectar outros hospedeiros. Dessa forma, o principal papel do gato na transmissão da doença é a sua possibilidade de contaminar o solo com suas fezes também contaminadas.

O simples contato com gatos, mesmo que contaminados, não transmite a doença. Assim sendo, acariciar, ser lambido, arranhado ou mordido por um gato não é uma forma de transmissão. Para que ela ocorra, é necessário o contato direto com as fezes de um animal doente.

Uma vez contaminados homem e animais (com exceção dos gatos, que raramente apresentam sintomas) podem apresentar alguns sinais clínicos decorrentes da infecção, como febre, ínguas no corpo (principalmente na região do pescoço), aumento de alguns órgãos, transtornos visuais que podem evoluir à cegueira, falta de apetite e algumas disfunções neurológicas.

Não há vacinas para o combate à Toxoplasmose. Portanto, a melhor forma de evitá-la é a não ingestão de carnes cruas ou mal cozidas (principalmente as carnes de porco); não fornecê-las aos animais; manter o ambiente em que os gatos vivem sempre limpos; proteger as caixas de areia para que os gatos não defequem nelas; evitar o contato direto com as fezes de gatos, inclusive dos sadios, recolhendo-as com o auxílio de luvas e pá; controlar a população de ratos, baratas e quaisquer outras formas de possível contaminação de gatos e alimentos.

Consulte sempre um profissional especializado.

4 comentários:

  1. Obrigada ai, ajudou muito. (:

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  2. Blog maravilhoso, utilíssimo e muito instrutivo. Eu tenho oito filhos caninos (sete femeas e um macho "castrado")e tres filhas felinas, rsrsrsrsrs.... Parabéns!
    monicgravina@gmail.com

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  3. muito bom,minha cadela ta fazendo tratamento pra micose e eu sempre procuro umas coisinhas na net

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  4. maravilhoso adorei .........

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Apareça e se puder divulgue o quanto os animais merecem nosso respeito!
Nós agradecemos!!!